sábado, 25 de agosto de 2012

Educação e Capacitação dos motoristas? Isso existe?

No dia-a-dia joinvilense, principalmente nos dias úteis, vemos uma grande concentração de trabalhadores, moradores de rua, vendedores de cachorro-quente (não estou desmerecendo os dois últimos, somente estou dando referência), correndo para chegar a tempo onde quer que seja. Para conseguir atender essa demanda apressada, se exige tal "correria" dos ônibus para o cumprimento de seus horários. A pergunta que me vem em mente, diante disto, é a seguinte: Será que esses horários são cumpridos com excelência profissional? Não me refiro ao veículo utilizado, seu estado de conservação, muito menos ao planejamento do projeto de linha. Falo da pessoa que conduz o coletivo. Ela é capaz de lidar com tamanha pressão? Possui preparo para lidar com o cliente? Além de tudo, ela é capaz de lidar com situações estressantes onde, acima de tudo, se exige postura íntegra e educada, seja qual for a situação?

É um milagre encontrar em Joinville um motorista que deseja  bom dia, boa tarde ou um boa noite.  A rotina de seu cargo, de linha em linha, conhecendo pessoas das mais diversas religiões, opiniões, posturas comportamentais, pode tornar a viagem uma aventura interessante para ele, ou não. É aí que entra a importância da avaliação psicológica regular, para a empresa ter um controle da peça que está atrás do volante. Posso lhes garantir, meus caros, que em Joinville há muitos boçais conduzindo coletivos, atendendo o cliente com pancadas de tacape.

Duas situações, onde tais boçais foram protagonistas, me chamaram a atenção esse ano.

- A primeira envolveu um jovem, que foi covardemente agredido pelo simples ato de pedir informação: “Moço, o senhor sabe me informar se esses cachorros tem dono?”. Isso mesmo, o rapaz estava interessado em dar assistência a alguns cães que perambulavam pela Estação Norte. Com resposta para a pergunta, ele foi agredido e humilhado diante várias pessoas que estavam no local. Violência gratuita mesmo! Até o momento, a única atitude da empresa responsável pelo funcionário (Transtusa), foi a de expor que não concorda com a atitude tomada pelo colaborador, além de salientar que está constantemente treinando seus funcionários, dando diretrizes comportamentais para o atendimento ao público. Resumindo, virou em pizza.

- Outra situação que vivenciei na mesma Estação, envolveu UMA motorista, que fez de uma viagem na linha 0200 - Norte/Sul (sentido Sul) um verdadeiro terror. Além de falar palavras obscenas, tratou de forma animalesca alguns passageiros. Demonstrou descontrole emocional durante todo o trajeto, abusando da velocidade nos trechos de maior fluxo. Infelizmente, por motivos operacionais financeiros, a Transtusa opera 100% dos horários nos sábados com diversos tipos de veículos, qualidades, e afins. A Gidion por sua vez faz um bom trabalho, com suas falhas, mas é 100% melhor que a "concorrente".

Perante esses dois relatos vos pergunto: Dá para acreditar que a empresa treina de forma adequada seus funcionários? Uma empresa que diz num vídeo institucional que higieniza seus veículos até duas vezes ao dia, mas que se formos fiscalizar, facilmente registramos carros com mais de duas semanas sem higienização, é passível de ter credibilidade? Há de fato uma preocupação em tratar bem o cliente, ou é apenas um "faz de conta" de para cumprir normas da ISO? É com tristeza que constato: Nosso sistema de transporte coletivo está sendo sucateado, dentre outros motivos graves, pela falta de capacidade dos profissionais que trabalham nele, em lidar com outros seres humanos.

Um comentário:

  1. Engraçado a linha Norte Sul deve ter algum tipo de problema pois na semana passada fiquei esperando por mais de 30 minutos a linha Norte Sul pois, como moro perto do Big não preciso descer no terminal central e pegar outra linha. Nesse tempo passaram 3 Tupy Norte todos extremamente lotados, e o ponto em que eu estava aguardando estava lotado isso lá pelas 19:12. Aproximadamente as 19:50 o Norte Sul chegou, super lotado uma senhora que estava entrando questionou a demora da linha perguntou se tinha atrasado, a resposta "educada" do motorista foi - Não esta atrasado, a senhora não tem o horário? Ela se queixou pelo fato do onibus estar lotado, ele simplesmente olhou para ela e disse para ligar no 0800 e reclamar que ele não era pago para ouvir isso. Eu então falei falar com você e falar com o 0800 é a mesma coisa. Então ele simplesmente disse que não era pago para ouvir baboseiras. Depois ainda discutiu com outros passageiros que foram entrando nos proximos pontos. Um absurdo

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